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Foto do escritorFliperama de Verdade

Kimetsu no Yaiba - Demon Slayer

Para os fãs de plantão de uma boa animação, e aqueles Otakus doidos por um bom anime, a equipe Fliperama de Verdade assistiu uma das novas atrações da Netflix que chegou trazendo belos traços acompanhados de um enredo inovador com pitadas de humor sombrio e violência de sobra!


Sim… Estamos falando de Kimetsu no Yaiba, também conhecido como Demon Slayer. Então se prepara que agora a gente vai destrinchar a série igual um Oni.


Trailer:


Mais um anime de demônio?

Calma jovem caçador, em Demon Slayer, viajamos para o período Taishô, em algum momento entre o ano de 1912 e 1926 (após a era Meiji, Japão). Lá, conhecemos os protagonistas Tanjiro e Nezuko, ambos sobreviventes de um ataque de Oni.


Tanjiro é o mais velho de seus irmãos, dono de um olfato excepcional e de um coração pra lá de bondoso. Sua vida não era nada fácil já que ajudava no sustento da família ganhando a vida descendo a montanha (onde morava) para vender carvão na cidade. Nezuko, a mais velha de suas irmãs mais novas, ajudava sua mãe com o serviço de casa e na criação das outras crianças.


Até aí, não tem nada de especial para contar. Mas justamente no dia em que Tanjiro acaba demorando demais para voltar para casa, pernoitando na casa de um senhor idoso que vivia no caminho da montanha, sua família acaba sendo massacrada e devorada por um Demônio (Oni).


Enquanto subia a montanha, Tanjiro sente cheiro de sangue e decide se apressar. Chega em casa para descobrir que o cheiro de sangue vinha dos corpos massacrados de sua família e, antes que pudesse ter qualquer reação, encontra Nezuko agindo de forma estranha.


Sem saber exatamente o que estava acontecendo, Tanjiro se vê enfrentando Giyu Tomioka (um caçador de demônios) e protegendo sua irmã de ser morta por ele, que afirma ser ela o Oni responsável pelo massacre da família de Tanjiro.


Por mais intenso que sejam esses acontecimentos, tudo não passa do primeiro episódio da temporada e ainda tem muito mais para descobrir sobre Tanjiro e a sofrida sequência de eventos de sua jornada de treinamento para finalmente se tornar um caçador de demônios e, seguir em busca de realizar seus objetivos: Curar sua irmã, fazendo-a voltar a ser humana e matar o Oni que massacrou sua família.



Então agora que já demos o tom da conversa, vamos evitar doses exageradas de “sapóilers” para não estragar a experiência e surpresa de cada episódio.


Demon Slayer foi escrito por Koyoharu Gotoge em 2016 e possui atualmente 23 volumes impressos. O anime foi adaptado em 2019 e conta com 26 episódios. Em 2020 ganhou um filme cujo roteiro dá continuidade à animação, que por sinal, se tornou o longa com a maior bilheteria na história do Japão e a maior bilheteria mundial de filmes de anime, sendo inclusive pré-indicado ao Oscar.


Por mais que tenha um título vago (quase abstrato), quando comparado a outros animes do gênero, Demon Slayer aborda o assunto de caça aos demônios de uma forma única, sem tirar o foco da relação interpessoal dos protagonistas com os outros personagens e suas respectivas histórias, ideias e famílias (quando é o caso).


Mas como um anime de caça a demônios pode ser divertido?

Durante sua jornada (em busca da cura para Nezuko), o caminho de Tanjiro cruza o de Zenitsu e posteriormente o de Inosuke. Os (agora) três caçadores de demônios possuem habilidades especiais específicas (adquiridas durante seus treinamentos) que os ajudam a crescer e evoluir durante e após as missões de caça e extermínio aos Onis (afinal de contas, não é isso que acontece quando se ganha XP?).


Mas não se engane com essa descrição breve sobre os personagens. O que torna a relação deles absurdamente hilária e contagiante é o conflito de suas índoles e personalidades, que trazem à tona os momentos de humor equilibrando com perfeição a carga da balança dramática do anime.


Com relação ao enredo, é visível que não existe pressa em apresentar, enfrentar e superar os vários obstáculos e batalhas. Isso permite que o espectador acompanhe o aprendizado e crescimento dos personagens durante a primeira temporada, que conta com episódios bem montados, dando chance do anime respirar antes de correr para a próxima batalha (inclusive isso é mostrado numa das cenas do anime).



Personagens e Mais personagens

Demon Slayer apresenta uma estrutura de personagens bem singular ao longo de seus 26 episódios. Ao fazer isso, acaba fugindo da relação binária bem vs. mal que define a maior parte das histórias de caça a demônios (que já estamos saturados). Demon Slayer joga na tela algumas situações que permitem ao espectador se relacionar melhor tanto com os protagonistas, coadjuvantes e vilões de uma forma incomum. Gerando afeiçoamento e empatia por meio de flashbacks curtos e pontuais que servem apenas para mostrar o passado, as motivações, as relações e toda a tragédia das vidas (e não vidas) de cada um, humanizando tanto heróis quanto vilões. A coisa é feita de tal forma que chega a ser normal para o público se identificar com o modus Operandi de Tanjiro, estranhar a frieza de alguns caçadores e compreender que, alguns dos monstros poderiam ser tão inocentes (e passíveis de cura ou redenção) quanto a própria Nezuko, se já não tivessem sucumbido à natureza do Oni há tanto tempo.


Informação técnica

Atualmente (no Brasil) é possível assistir Demon Slayer na Netflix, que foi onde assistimos. Mas o anime também está no catálogo da Crunchyroll e Funimation. A atração possui classificação indicativa para maiores de 16 anos e traz uma primeira temporada com 26 episódios de 24 minutos cada.


A dublagem brasileira do anime foi realizada pelo estúdio Universal Cinergia, localizado em São Paulo. Dirigido por Cássius Romero (Sado “Chad” Yasutora em Bleach) e contou com a participação de dubladores de São Paulo e do Rio de Janeiro:

  • Daniel Figueira (Kazuya Ichinose em Inazuma Eleven/Super Onze) como Tanjiro Kamado

  • Isa Guarnieri (Yuzuriha Ogawa em Dr. Stone) como Nezuku Kamado

  • Adrian Tatini (Ussop em One Piece) como Zenitsu Agatsuma

  • Dláigelles Silva (Reiner Braun em Attack on Titan) como Inosuke Hashibira

  • André Sauer (Shoto Todoroki em My Hero Academia) como Giyu Tomioka


Vídeo com uma amostra da dublagem:


Veredito Fliperama de Verdade - Sem Spoilers

Para aqueles que não assistiram Demon Slayer, tenham em mente que a animação foi feita com o intuito de prender a audiência. Então não estranhe se de repente você estiver morrendo de curiosidade de saber o que irá acontecer com Tanjiro e Nezuko.


O enredo é apresentado de forma que o espectador se importe com a jornada e, não se dê por satisfeito no final do discreto e último episódio da temporada, cheio de ganchos para inúmeras continuações, entre elas o longa Mugen Train (trailer do filme), que esse sim, traz um final um pouco mais consistente.


Para quem gosta de mergulhar no enredo, Demon Slayer tem uma história densa e interconectada entre seus inúmeros personagens (heróis e vilões) repintando o eterno conflito monocromático preto e branco (bem vs. mal) com algumas devidas camadas de cinza. Mas isso não impede um admirador de uma pancadaria franca ao estilo shonen de apreciar a obra. Muito pelo contrário, já que Demon Slayer apresenta sequências de luta emocionantes e lindas minuciosamente animadas pelo Estudio Ufotable (site), dando um gosto a mais em cada confronto presente na obra.


Isso foi mais do que suficiente para transformar Demon Slayer num dos animes mais divertidos lançados nos últimos anos, além de ser uma adição excelente à crescente biblioteca de animes da Netflix.


Cabe um grande elogio à equipe de dublagem brasileira que fez um ótimo trabalho para manter o clima criado pela dublagem original (japonesa).

Sobre a continuação do anime, a segunda temporada está confirmada para ser lançada no final de 2021:


Por fim e não menos importante, para aqueles que gostam de ler o Manga, Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) já é publicado no Brasil pela editora Panini.


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Para os interessados de plantão, que gostam de ação e uma boa pancadaria nos games e nas séries, o episódio 12 do nosso Insert Coin Cast da Equipe coloca a equipe Fliperama de Verdade para discutir sobre qual é o melhor estilo de combate: "Melee" ou "Ranged".


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