Nostalgia e avanço gráfico, um novo jogo da franquia Dragon Ball!

Dragon Ball: Sparking! Zero (site oficial) é o mais recente título da franquia Dragon Ball, lançado em 11 de outubro de 2024 para PS5, Xbox Series e PC. Desenvolvido pela Spike Chunsoft e publicado pela Bandai Namco, o jogo retoma as mecânicas da série Budokai Tenkaichi, oferecendo uma experiência de combate em arenas 3D com um vasto elenco de personagens.
Mas antes de começar a falar sobre Dragon Ball Sparking Zero, precisamos agradecer a parceria com a Theo Games e a Bandai que nos disponibilizou uma cópia do jogo, possibilitando esse Review que você está lendo agora. Então, valeu demais Theo Games.
Trailer do jogo:
Muita coisa mudou desde o primeiro jogo de Dragon Ball lançado nos videogames, que foi Dragon Ball: Dragon Daihikyō, lançado em 1986 para o Super Cassette Vision, um console japonês de 8 bits, e podemos afirmar que há algo encantador no design e na apresentação old school de Dragon Ball: Sparking! Zero em comparação com outros jogos de luta no mercado hoje e nos Dragon Ball antecessores.
Então vamos concentrar o nosso Ki para explodir o Kamehameha de informações para você que tem curiosidade de conhecer essa obra desenvolvida pela Spike Chunsoft. Lembrando que Dragon Ball Sparking Zero foi indicado para receber o prêmio de melhor jogo de luta de 2024:
Quais mangás englobam no enredo do jogo?
O jogo cobre arcos narrativos dos mangás Dragon Ball, Dragon Ball Z, Dragon Ball Super, e também inclui histórias de Dragon Ball GT. Ele reconta eventos marcantes como a luta contra Freeza, a saga dos Androides e Cell, o confronto com Majin Boo, e batalhas épicas de Dragon Ball Super, como o Torneio do Poder. Além disso, inclui elementos de filmes, como A Batalha dos Deuses e O Renascimento de Freeza.
Uma inovação interessante que ocorre durante a gameplay da história são os modos "E se?", que permitem explorar histórias alternativas, como alianças inesperadas ou vitórias de vilões, oferecendo novas perspectivas ao universo tradicional. Um multiverso sendo explorado no jogo.

Quais personagens estão disponíveis no lançamento?
Superando Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3, Dragon Ball Sparking Zero possui 182 personagens jogáveis desde o lançamento, sendo assim o mais robusto da franquia! Entre eles temos:
Dragon Ball Z: Goku, Vegeta, Freeza, Cell, Majin Boo, Gohan em várias fases, e as transformações Super Saiyajin.
Dragon Ball Super: Goku e Vegeta em suas formas Super Saiyajin Blue, Instinto Superior, além de personagens como Jiren, Toppo, e Kefla.
Dragon Ball GT: Goku e Vegeta versão criança, Super Saiyajin 4, Baby Vegeta e Omega Shenlong.
Filmes: Broly (ambas versões Z e Super), Cooler, Janemba, e até personagens menos conhecidos como Tapion.
Além disso, personagens com várias transformações podem alterná-las durante a batalha, o que expande as opções de jogabilidade.
Sobre a jogabilidade, qual a mecânica de combate?
O jogo retoma a fórmula de arenas 3D dinâmica, semelhante à série Budokai Tenkaichi, com algumas inovações importantes como movimentação livre, combos e ataques especiais, transformações dinâmicas (muito divertido ver o Goku usar o Kaioken no começo do jogo), destruição de cenários e sistema de sinergia.
A movimentação livre permite esquivar, perseguir inimigos e se posicionar estrategicamente. Nos combos e ataques especiais os controles são acessíveis, mas permitem um alto grau de complexidade para jogadores avançados. Golpes icônicos, como o Kamehameha, Genki Dama, e Final Flash, podem ser ativados com efeitos visuais impressionantes.
Durante as lutas, é possível ativar transformações (como Super Saiyajin), alterando força, velocidade e ataques disponíveis. Com isso provocando maior destruição e causando mais impactos no ambiente, criando cratera, destruindo montanhas ou prédios ao redor.
Em batalhas de equipe, há um sistema de suporte, onde personagens aliados podem interferir ou realizar ataques combinados.
As primeiras horas de Dragon Ball Sparking! ZERO podem ser frustrantes, não exatamente pela dificuldade da CPU, mas pela facilidade que ela tem de contra atacar qualquer ação realizada pelo jogador. As esquivas perfeitas e contra-golpes exigem uma precisão irritante dos nossos comandos, principalmente nas lutas finais contra os inimigos mais poderosos, e o computador as realiza como se não fossem nada. E haja paciência para repetir as lutas e dar sequência na história.
Aprender todos os movimentos é essencial, mas o tutorial é tão longo quanto cansativo. Ele ensina infinitas formas de atacar além do apertar frenético do quadrado, que causam muito mais dano, mas também proporcionam chances de tomada de turno por parte do adversário. E aqui o Ki dos jogadores vão para o ralo.
E tudo consome muita barra de Ki. O arsenal de ataque dos personagens é composto de duas magias, duas técnicas especiais (que gastam outra barra, mas essa é acumulada de forma independente) e algumas transformações (quando é o caso). As magias consomem três barras de Ki (de cinco), dashes comuns, percepção (um tipo de parry) e movimentos de vanish (desaparecer de um lado e aparecer nas costas do adversário) também consomem um pouco da barra. O dash é um consumo constante – continua gastando de acordo com a distância percorrida.
Carregar o Ki é um dos artifícios mais comuns nos jogos de Dragon Ball e faz certo sentido, já que, no anime e mangá, isso acontece constantemente. No gameplay, no entanto, carregar o Ki quebra um pouco o ritmo da partida, porque precisamos nos afastar de forma segura (e isso gasta mais Ki), e carregá-lo para voltar para o combate. Assim, apesar de fazer parte da lore da franquia, a aplicação dessa estratégia nos jogos é um pouco tediosa, visto que é fácil criar outras maneiras para preencher o Ki de forma automática durante os combates.

Às vezes o que a gente quer é só apertar botões e criar um combo mais longo, mas a máquina se recusa a aceitar; o que é curioso, já que se abandonarmos a ideia de “jogar bonito” e seguirmos com uma estratégia mais banal, do tipo encher o Ki e “spamar”o ataque especial mais forte, o computador aceita numa boa (a cada cinco ataques, três acertam). Se estamos atrás apenas de destravar os personagens que faltam e terminar a campanha de forma rápida, essa é a melhor opção. Mas qual a graça nisso?
Não há inteligência ou habilidade por trás das ações da CPU, apenas um comportamento irritante que exige de nós, jogadores, uma precisão inumana para tentar desafiá-la num combate mais intimista. Com o tempo e muita prática, dá para ficar bom e acertar com mais maestria o contragolpe, mas eu diria que esta é uma habilidade muito melhor aproveitada no modo versus do jogo, no qual ambos os adversários utilizam seus próprios reflexos para atacar e se defender.
O ideal é passar pelo tutorial algumas vezes, sempre que alguma dúvida surgir. Assim não ficamos sobrecarregados de informações desnecessárias e que, talvez, levaremos algum tempo para colocar em prática. O jogo faz questão de utilizar todos os botões do controle, com, pelo menos, quatro formas diferentes de realizar parries e esquivas perfeitas.
Dragon Ball Sparking! ZERO não nega as origens e traz de volta um sistema de combate bastante característico aos games desenvolvidos pela Spike Chunsoft. Aliás, eles são responsáveis por grande parte dos “Arena Fighters” de sucesso duvidoso do mercado, como J-Stars Victory Vs. Jump Force, One Piece Burning Blood e One-Punch Man: A Hero Nobody Knows.

Quais os pontos de diferença entre as séries Budokai e Xenoverse
Como pontos positivos, entre as séries Budokai e Xenoverse, Sparking Zero trás uma quantidade maior de personagens jogáveis, gráficos de última geração, com o auxílio da Unreal Engine 5, o jogo alcança visuais que se aproximam do anime, com expressões faciais detalhadas e animações fluídas, à mecânica de transformação em tempo real e os cenários destrutíveis.
Já como pontos negativos em relação aos predecessores, temos uma dificuldade maior para aprender a mecânica de jogo e o tutorial pode pecar um pouco, principalmente para jogadores inexperientes. Talvez para os fãs do anime, a história sendo um pouco profunda, pode deixar o jogo menos cativante, pois o jogo é focado nos combates.

1ª DLC - Herói da Justiça
A Bandai Namco Entertainment America Inc. anunciou o lançamento do primeiro DLC, Pacote “Herói da Justiça”, de DRAGON BALL: Sparking! ZERO. Os jogadores que possuem as Edições Deluxe, Ultimate, Premium ou o Passe de Temporada receberão o novo conteúdo. Também é possível adquiri-lo nas plataformas PlayStation®5, Xbox Series X|S e PC via Steam®.
O DLC 1 - "Herói da Justiça" adiciona 11 novos lutadores à lista de 182 lutadores e apresenta personagens icônicos do filme DRAGON BALL SUPER: SUPER HERO. As adições à lista incluem Gohan (Super Hero), Gohan Supremo (Super Hero), Gohan Bestial, Piccolo (Super Hero), Piccolo Laranja, Gamma 1, Gamma 2, Cell Max e outros. Os jogadores que adquirirem a expansão também receberão um novo traje, além de três novos estágios de batalha personalizados.
Além disso, um novo patch de balanceamento também foi implementado com o DLC.
Veredito da Equipe do Fliperama de Verdade
Considerando todo o trabalho da Spike (antes de se unir à Chunsoft) entre 2005 e 2007, Sparking! ZERO é, em todos os sentidos, uma continuação direta do Budokai Tenkaichi 3, (2007), e também a apresentação (como série) aos novos jogadores. O problema é que o nível de qualidade dos jogos de Dragon Ball subiu consideravelmente depois de FighterZ e Kakarot, e fica difícil olhar para o Sparking! ZERO e não trazer à tona uma palavra que definia jogos de anime no início dos anos 2000: “caça-níquel”.
Mas, Dragon Ball: Sparking! Zero é uma carta de amor aos fãs de longa data da franquia. Com gráficos impressionantes, um elenco diversificado e mecânicas de combate que equilibram nostalgia e inovação, o jogo é um marco dentro da série. Embora tenha algumas falhas, como a curva de aprendizado e a complexidade dos menus, esses pontos são superados pelo escopo massivo e pela diversão que proporciona em combates intensos.
Seja você um fã casual ou um veterano de Dragon Ball, Sparking! Zero oferece uma experiência emocionante e vale a pena ser jogado, por isso acreditamos que vale…

Recados Importantes...
EVENTOS
A Equipe do Fliperama de Verdade vem produzindo vários torneios/campeonatos para promover o cenário competitivo do Distrito Federal e Região. Querem conhecer um pouco, acessem os confrontos no nosso canal do YouTube:
PODCASTS
Para os interessados de plantão e aproveitando o clima do melhor Jogo do Ano de 2022, no nosso 30º Episódio do Insert Coin Cast, falamos sobre algumas categorias do The Game Awards de 2022 e seus vencedores. E para essa seletiva juntamos a Equipe Fliperama de Verdade e a Larissa do Criptacast do Zona Sombria:
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