
Remastered de Tales of Grace é muito bem vindo na atual geração!
Parabenizando aos 30 anos da Série “Tales of” e graças a Bandai com parceria com a TheoGames pudemos testar e jogar Tales of Grace f Remastered desde o lançamento, que ocorreu em 17 de janeiro de 2025. E nessa obra de arte remasterizada (lançamento do original para o Playstation 3), que se passa no mundo de Ephinea e segue Asbel Lhant, uma criança que faz amizade com uma garota que perdeu a memória e que testemunha sua morte antes de se reunir com ela sete anos depois.
Trailer oficial:
Análise no nosso Canal do YouTube:
Gameplay no Canal do RPGTaverna:
Qual a história desse jogo?
"Tales of Graces f Remastered" é uma releitura do clássico RPG da Bandai Namco, trazendo aos jogadores uma experiência renovada de um dos títulos mais aclamados da franquia "Tales of". O relançamento do título que chegou ao PS4 e PS5 e que marca o início das comemorações do aniversário de 30 anos da franquia (com a promessa de que outras remasterizações virão por aí), tem sua história que se passa no reino de Windor, um mundo dividido em três nações que coexistem em um tenso equilíbrio político. O protagonista, Asbel Lhant, parte em uma jornada de amadurecimento, amizade e responsabilidade ao se envolver em uma trama que pode decidir o destino do mundo.
A história em si começa de forma bem clichê e padrão, mas muito do seu sucesso vem do quão bem construída a evolução de todos os personagens é. Asbel, o protagonista, começa como o seu bom e velho protagonista clichê de shonen, um jovem impulsivo e cabeça quente, com uma relação complicada com seu pai, mas que é um líder nato e carismático, mas que sofre sobre entre fazer o que ele quer e o que esperam dele. Ele é acompanhado por um elenco diverso e carismático:
Sophie: Uma misteriosa garota sem memórias que parece estar conectada às intrigas que cercam Windor.
Hubert Oswell: Irmão mais novo de Asbel, que enfrenta seus próprios conflitos internos e políticos.
Cheria Barnes: Amiga de infância de Asbel, que demonstra uma devoção altruísta aos outros.
Malik Caesar: Um cavaleiro experiente que atua como mentor do grupo.
Pascal: Uma engenheira genial e irreverente que traz um toque de leveza ao grupo.
A narrativa é estruturada em três atos principais, com destaque para temas de amizade e sacrifício, além de uma exploração mais profunda dos personagens na subsequente "Lineage & Legacies", um epílogo exclusivo da versão f.

E sobre o jogo?
Sendo uma das pérolas da sétima geração de consoles (Playstation 3 e Nintendo Wii), e pelo fato de ter sido lançado para o Playstation 3 em meio ao turbilhão de críticas de Mass Effect 3, é uma obra de arte que pertence ao catálogo de jogos da Bandai que só os mais aficionados aos JRPG que puderam usufruir, e sendo uma edição remasterizada, é muito bem vinda para a nova geração de jogadores e os veteranos.
Embora seja estranho falar sobre um jogo da série Tales como um nome “alternativo”, dada a sua importância tão grande para o gênero, sendo basicamente a responsável pela criação da ideia moderna de um JRPG de Ação, e o sucesso de Tales of Arise, era o tipo de título que acabou passando batido pelos fãs mais casuais e pela mídia focada no mainstream, sendo assim a obrigação do Fliperama de Verdade levar o Review dessa arte a nossa comunidade Gamer.
A jogabilidade é um dos maiores atrativos do jogo. O sistema de combate Linear Motion Battle System (LMBS) oferece ação dinâmica em tempo real, permitindo ao jogador alternar entre combos fluidos e estratégias mais defensivas. A versão remastered trouxe melhorias como:
Resolução aprimorada: Gráficos em alta definição que revitalizam ambientes e personagens.
Tempo de carregamento reduzido: Maior fluidez entre cenas e batalhas.
Melhorias na interface: Menus mais intuitivos e visuais otimizados.
Os gráficos remasterizados destacam a rica paleta de cores e o estilo artístico vibrante característico da franquia. As cutscenes animadas, produzidas pelo estúdio Production I.G., são verdadeiros espetáculos visuais. A interação entre os personagens é reforçada por skits (diálogos opcionais), que dão maior profundidade e humor às relações.

Em relação ao combate, Tales of Graces f Remastered é um bom exemplo da qualidade da franquia. Trata-se de um RPG de Ação no qual o jogador assume o controle direto de um dos membros da sua equipe enquanto os demais são controlados por IA. Os controles em si são bastante intuitivos, com o jogador contando com dois botões de ataque, cada um vinculado a um estilo diferente de Arte e um botão de defesa.
Artes são as técnicas de ataque que os personagens vão aprendendo ao longo do jogo, com o jogador podendo customizar a forma de ativá-las (o botão de ataque correspondente + um modificador de direção). A grande diferença aqui fica pelo fato de que você não pode executar combos de forma descontrolada, só apertando os botões repetidamente sem pensar muito, já que cada nova Arte do combo tem um custo em CC, ou Chain Capacity, um barra que é gasta e regenerada ao longo do combate e limita a quantidade de ataques em sequência que podem ser usados.
Isso significa que, se no começo você talvez consiga usar combos de 2 hits, ao longo da batalha, ao executar diferentes ações como quebrar a defesa do adversário, defender ataques ou realizar parries, você vai ganhar mais pontos para a sua barra de CC e, consequentemente, conseguir realizar combos mais longos. É um sistema que demora um pouco para o jogador dominar, mas é bem divertido à medida em que você vai aprendendo e desbloqueando novas técnicas.

O sistema de progressão é baseado nos Titles. Eles são, basicamente, equipáveis que, quando jogador vai ganhando Technical Points (TP), vai subindo de nível e através disso desbloqueando novas Artes e até habilidades de domínio. Titles são adquiridos de várias formas, seja através de combate, sessões da história ou até mesmo nos tradicionais skits da série em que os personagens têm conversas paralelas. O retorno dos Skits, aliás, é muito bem-vindo e mais uma forma através da qual o jogo desenvolve seus heróis.
Além disso, o jogo traz alguns outros sistemas de customização, como o Eleth Mixer, através do qual é possível produzir ou cozinhar itens que podem ser usados em batalha ou para conceder diferentes bônus durante a exploração; e o Dualizing, que é o sistema de crafting do jogo no qual você combina dois itens para formar um terceiro ainda mais poderoso, sejam eles armas, armaduras ou itens consumíveis.
Por fim, cabe falar sobre a remasterização. Visualmente, o jogo melhorou bastante e fica claro que houve um grande cuidado em trazer tudo para uma alta resolução gráfica e performance melhor (o jogo roda a 60fps no PS5). O jogo em si mantém seu estilo visual que já era bem único, com personagens num estilo meio chibi sem infantilizá-los excessivamente. Não espere dele o show visual de um Tales moderno, ou até mesmo o que se viu em Tales of Vesperia, Tales of Xillia ou Tales of Zestiria. Ainda assim, é um remaster muito bem-feito.

Veredito do Fliperama de Verdade
Tales of Graces f Remastered" é um exemplo brilhante de como um RPG clássico pode ganhar nova vida em uma versão modernizada. Apesar de não trazer inovações revolucionárias, o jogo preserva sua identidade e entrega uma experiência imersiva, divertida e emocionalmente impactante. É um título indispensável tanto para veteranos da franquia quanto para novos jogadores que desejam conhecer um marco na série "Tales of”.
O sistema de combate, apesar de fluido, pode gerar confusão para jogadores novos no começo. O sistema não é tão intuitivo e requer algumas batalhas e tentativa e erro para conseguir entender melhor sua complexidade. Contudo, existe um sistema de combos Semi-automaticos onde o jogador tem menos controle sobre os combos em si e o personagem executa os combos por conta propria, podendo ou não ser influenciado pelos comandos do jogador. Isso facilita o sistema no sentido de que o jogador precisa apenas escolher quais as artes ele quer usar e qual inimigo focar na batalha, dando comandos mínimos como atacar, defender ou esquivar para o personagem e decidindo a hora de recuar e/ou usar um item. Quando se entende melhor esse sistema, fica mais fácil executar os combos longos para dar mais dano.
A historia do jogo se move na velocidade e ritmo que se espera de um JRPG da época do PS3. Ela as vezes parece lenta e travada e de repente acontece algo incrível que muda tudo. Nas primeiras 4 horas de jogo tive 4 momentos desses onde estava tudo muito monótono quando de repente um acontecimento muda até mesmo as motivações dos personagens ou o rumo que a historia toma. Tales of Grace Tem uma habilidade de subverter expectativas, usando os cliches básicos de JRPGs mas ao mesmo tempo criando situações inusitadas para criar mais chances de desenvolvimento de personagem e dar ao jogador uma sensação de surpresa quando um personagem tem uma atitude especifica ou decide algo inesperado.
Isso tudo faz de Tales of Graces f Remastered um jogo muito bom e que faz jus ao carinho dado a ele ao longo dos anos. Mesmo em suas limitações, como a história relativamente clichê, ele acaba fazendo o melhor possível e irá cativar os jogadores que derem uma chance a ele, sejam eles conhecedores do tempo das jóias escondidas do PS3 ou novatos conquistados pelo boom atual do gênero e que querem conhecer mais de sua história.
Então, para nós, após passarmos algumas horas jogando, acreditamos que o jogo mereça…

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