Review Assassin's Creed Origins Gold Edition
- Fliperama de Verdade
- há 3 dias
- 9 min de leitura
Em Assassin's Creed Origins, nem o Faraó escapa da justiça da lâmina!
Galera, já imaginou desbravar o Egito Antigo, escalar pirâmides e caçar uma ordem secreta de tiranos egípcios, gregos e romanos que oprimem o povo; fazendo isso numa vibe que mistura (salvo as devidas proporções) um pouco de Indiana Jones com uma pitada de God of War? Pois bem, então vamos lá!
Seja muito bem-vindo a Assassin's Creed Origins - Gold Edition (ACOrGE), lançado no distante ano de 2017, que chegou entregando exatamente aquilo que todo aventureiro quer: Exploração + Combate!

Para quem não tem ideia de qual Assassin’s Creed (AC) é esse, já adiantamos que estamos falando “só” do décimo título principal da série, que consagrou-se como um marco do mundo dos games e é claro, da própria franquia.
A história principal traz Bayek (e sua esposa Aya, em alguns momentos chave), o último Medjay – um Protetor do Egito que, no jogo, aprendemos que esse título é como uma mistura de Xerife com Assistente Social. Mas na real mesmo, o personagem é quase um tipo de Batman do deserto. Mas voltando à história do game, o jogador é ambientado ao ano de 49 a.C., no final da dinastia Ptolemaica, onde o jogador pode mergulhar num Egito em crise, com Cleópatra e César dando as cartas.
E sobre Bayek? Bem... Já que o comparamos com o Morcego, então não é errado afirmar que, como todo bom e velho Batman, ele também busca vingança! E no caso desse Medjay, o ódio que o move é alimentado pela morte de seu filho (falar mais que isso é sapóiler grosseiro). Então, nem precisamos dizer que, no meio desse longo caminho de sede de sangue, ele mata mais soldados que uma epidemia e quando chega lá para o final do game, simplesmente o cabra tem a ideia de fundar a Irmandade dos Assassinos (não é exatamente aquilo com que os fãs dos outros games estão acostumados, mas é um ponto inicial na cronologia de AC).
Quando à Gold Edition o pacote não tem nada de essencial (apesar de ser bem especial), mas suas expansões The Hidden Ones e The Curse of the Pharaohs, adicionam algumas (boas) horas de aventura, exploração e é claro, kills épicas além de uns toques de mitologia e fantasia (essas expansões trazem mudanças que deixam o jogo mais místico e até mesmo esotérico, levando o jogador a "molhar os pés” numa vibe quase sobrenatural).
E você? Está preparado para essa jornada épica? Se sim, é como diria o próprio Bayek de Siwa, “Bora pro review, Neb!”
Linha do Tempo dos Jogos Assassin's Creed
A gente bem que tentou. Mas a verdade curta e grossa é que não tem como falar do 10º jogo da franquia sem mostrar para você (principalmente se você não é um fã aficionado), onde Origins se encaixa. Então chega junto para esse rolê pela linha do tempo dos jogos principais da série, focando nas configurações históricas (aqui, nada de quadrinhos ou livros, só a nata da interatividade):
Jogo | Período Histórico | Cenário |
Assassin's Creed Odyssey | 431 a.C. | Grécia Antiga, Guerra do Peloponeso |
Assassin's Creed Origins | 49 a.C. | Egito Antigo, dinastia Ptolemaica |
Assassin's Creed Mirage | 861 d.C. | Bagdá, Califado Abássida |
Assassin's Creed Valhalla | 872-878 d.C. | Inglaterra, era viking |
Assassin's Creed | 1191 d.C. | Levante, Terceira Cruzada |
Assassin's Creed II, Brotherhood, Revelations (Gameplay) | 1476-1512 d.C. | Renascença Italiana |
Assassin’s Creed: Shadows (Gameplay) | 1579 d.C. | Período Azuchi-Momoyama do Japão feudal |
Assassin's Creed IV: Black Flag | 1715-1722 d.C. | Caribe, era da pirataria |
Assassin's Creed Rogue | 1752-1760 d.C. | América do Norte, Guerra Franco-Indígena |
Assassin's Creed III | 1754-1776 d.C. | Guerra da Independência Americana |
Assassin's Creed Unity | 1789-1794 d.C. | Revolução Francesa |

Como podemos ver, Origins é o segundo jogo mais antigo da série em termos históricos, vindo logo após Odyssey (o que é relativamente estranho, já que Bayek seria o Primeiro Assassino, quando o assunto é a Irmandade – mas isso é assunto para outra rodada de conversas). O ponto aqui é: O jogo é especial para os fãs, justamente por mostrar a origem da Irmandade dos Assassinos (na época, com outro nome) e saciar algumas curiosidades que nenhum outro jogo da franquia explorou tão diretamente. Para se ter uma ideia, a sensação é quase como assistir ao Episódio 1 de Star Wars, sem as cenas do Jar Jar Binks (pronto, falei!).
Tecnicidades
Origins revolucionou a série ao adotar uma pegada “com elementos de RPG”, colocando seu cenário em um mundo aberto gigante, entregando ao público um produto único e completo, assim como The Witcher III Wild Hunt, que foi lançado 2 anos antes, lá em 2015. Quanto ao combate do jogo, o mesmo foi baseado em hitbox (porém, não tão hardcore quanto jogos mais recentes), exigindo reflexos rápidos, mas nem tanto, afinal não é um jogo de luta. Mas vale lembrar que, ACOr é um estilo de jogo que, assim como todo RPG, demanda um certo nível de estratégia e não de “apertação de botão”.
Sistema Hitbox é basicamente quando o jogo utiliza uma série de cálculos para considerar coisas como a distância entre os oponentes, o alcance da arma, a velocidade de cada arma e principalmente o posicionamento 3D (frente, costas, lado, membros, etc) são fundamentais para o sucesso nos duelos. Isso é claro, somado às inúmeras e necessárias combinações e/ou trocas de armas durante um confronto (parece genérico, mas não é - ainda mais, lá no distante ano de 2017), trazem um oceano de possibilidades para o jogo e na época, um pesadelo para os jogadores.
Isso mesmo! Sem essa de button-mashing dos jogos antigos. Nesse jogo da franquia, o jogador, além de poder personalizar Bayek, equpando armas diferentes, armaduras e habilidades, também se vê obrigado a coletar o bom e velho loot (diverso) para craftar melhorias absolutamente necessárias em seus equipamentos. Até porque, mecanicamente falando, o jogo precisa entregar ao jogador, um sentimento de recompensa ou de evolução e aumento de poder, para que o jogador sinta-se recompensando por investir horas de gameplay com grinding, ao invés de avançar no conteúdo principal.

Dica: Aqui em ACOr, o jogo não tem nenhum pudor em punir severamente os jogadores que insistem em ir para o front de batalha vestindo uma tira de pano e usando um graveto como arma. Todo mundo que não investe tempo em preparo é massacrado sem piedade. (Aos mazoquistas de plantão, cabe dizer que, a dificuldade difícil, faz jus ao nome - não sendo nada como um Elden Ring, mas para um jogo de 2017, é realmente tenso avançar na história. Principalmente se você não tem familiaridade com esse tipo de gameplay).
Quanto ao mundo aberto, essa é uma característica do game que realmente vai fazer o jogador para o que estiver fazendo para literalmente admirar a paisagem, já que graficamente, o jogo é um espetáculo (perceba que estamos em 2025 e falando da proeza gráfica de um jogo de 2017 pensando para rodar no PS4 - PC é covardia, ainda mais nos dias de hoje). Tá duvidando? Tá bom! Então imagine andar por desertos escaldantes, oásis verdejantes, montanhas magníficas, embarcações de guerra, o Delta do Nilo, cidades como Alexandria e Mênfis, e toda a vida comum dos plebeus por entre quem Bayek transita e interage enquanto um Medjay. Lembre que as locomoções e explorações podem ser feitas a pé, a cavalo, de camelo, felucca (um tipo de canoa a vela) e até mesmo nadando em suas profundezas em busca de tesouros perdidos (a gente falou que tinha uma pegada de Indiana Jones). E por falar em tesouros, nem preciso dizer que o jogador acaba entrando nas pirâmides, esfinge e templos, todos recriados com detalhes que fariam qualquer arqueólogo pirar.

Sobre a Gold Edition, como já dissemos acima, as expansões elevam a experiência com os títulos:
The Hidden Ones (que expande a história da Irmandade, meio que consolidando o que o jogo base mostra no seu final) e;
The Curse of the Pharaohs (que traz batalhas fantásticas contra múmias e deuses, mostrando que a franquia tem espaço para algo mais, algo além de história antiga. Até porque como dizem os Assassinos: “Nada é Real. Tudo é Permitido!).
ACOrGE é um excelente pacote de jogos. Completo em cada detalhe e essencial para qualquer um que queira viver a experiência ANIMUS de estar no Egito Antigo.
Links para Referências
Como Origins é um jogo, não tem lá muitas informações relevantes do ponto de vista cinematográfico. Lá no IMDB, tem muita informação técnica relevante. Então, como somos legais, vamos linkar a página oficial da Ubisoft pra você e a página do jogo lá no IMDB. Divirta-se!
Aceitação do Público
Origins foi um sucesso estrondoso (fato!). No Metacritic, o jogo tem médias elevadíssimas, com críticos elogiando a nova direção RPG e o mundo vibrante, enquanto os fãs também abraçaram a mudança. O atestado dessas afirmações veio na forma de cifras, já que o jogo vendeu mais de 10 milhões de cópias em menos de um ano, segundo a própria Ubisoft.
Sonorização
A trilha sonora, composta por Sarah Schachner, é sem sombra de dúvidas um dos pontos altos de Origins. Ela combina instrumentos egípcios tradicionais, como o oud, com sons modernos, criando uma vibe que te transporta pro deserto. Faixas como “Return of the Medjay” e “Ezio's Family - Origins Version” são épicas e perfeitas pra acompanhar as batalhas contra os Anciões. A dublagem também brilha, com Abubakar Salim entregando um Bayek que é ao mesmo tempo durão e humano – dá pra sentir a dor dele quando ele solta um “Nek!” de raiva. Os efeitos sonoros, como o vento no deserto ou o barulho do Nilo, completam a imersão.
E é claro que, para aquela galera que só joga jogo localizado, ou seja, com legendas e áudio em PT-BR, ACOrGE é um presentão, já que a dublagem brasileira não deixa nada a desejar. Entregando todas as linhas de falas do jogo, que, de modo geral, se comparado com os RPGs da atualidade, vemos o começo de uma “datação”, já que algumas das linhas de áudio de Origins se repetem tanto (fato que fica ainda mais óbvio quando consideramos o tamanho do cenário, a quantidade de NPCs e é claro, a repetição sem fim de alguns assuntos), mas ainda assim, não chega a incomodar – longe disso (para nós, ficou até estranho ou minimamente engraçado que uma pessoa aleatória, de um lado do Egito, esteja falando a mesma coisa que outro cidadão aleatório do outro lado do Delta do Nilo).
Links para Trilhas Sonoras
Tá certo, então te convencemos a conferir a trilha sonora? Beleza! Só clicar no banner abaixo para conferir no Spotify.

Veredito!
Aqui vai a real da Equipe Fliperama de Verdade: Assassin's Creed Origins - Gold Edition é um dos melhores jogos da série, fácil. Bayek é um protagonista carismático, e a história dele é tão envolvente que parece um filme do início dos anos 2000 (porém, com uma dose generosa de porradaria, facadas e veneno pra todo lado). O Egito Antigo é recriado com tanto carinho que você quase sente a areia nos pés. As mecânicas de RPG não são tão aprimoradas (talvez por não serem o foco do jogo), mas conseguem dar uma profundidade incrível à gameplay e as expansões da Gold Edition são, após a finalização da história principal, a cereja do bolo, especialmente The Curse of the Pharaohs, que, como estamos jogando no Egito Antigo, faz o favor de trazer aquele ar menos “pé no chão” que estava faltando.

E o que falar das expressões egípcias? Quando Bayek solta um “Nek!” (tipo um “droga!” egípcio) ou chama alguém de “Neb” (que significa “senhor” ou “dono”), você já sente que está aprendendo egípcio lá em Siwa - tem outras várias expressões, mas infelizmente não aparecem nas legendas. Como não somos fluentes em egípcio, vamos ficar devendo essas! Por fim, se você curte explorar mundos ricos e histórias épicas, esse jogo é o seu jogo! Se você é fã da franquia AC, já adiantamos que ACOrGE é “obrigatório” para você.
Com base em tudo que o jogo traz de bom e ruim (levando em consideração que é um jogo de 2017), a Equipe Fliperama de Verdade dá a Assassin's Creed Origins - Gold Edition lembra que se trata de um jogo responsável por revitalizar a série e entregar uma experiência inesquecível na pele de Bayek e Aya, entregando ao jogador, um “Ka” (espírito) que é puro ouro! E é justamente por isso que ACOrGE

Saideira...
E aí, já jogou Origins? Conta pra gente nos comentários: qual sua missão favorita ou o que achou do Bayek. Para ficar informado de mais das nossas reviews especiais, basta seguir a Equipe Fliperama de Verdade no Instagram, Twitch e YouTube. Se quiser mergulhar ainda mais no universo de Assassin's Creed, confira os livros e os outros jogos da franquia pelos nossos links de afiliado na Amazon.
Recados Importantes...
EVENTOS
A Equipe do Fliperama de Verdade vem produzindo vários torneios/campeonatos para promover o cenário competitivo do Distrito Federal e Região. Querem conhecer um pouco, acessem os confrontos no nosso canal do YouTube:
APOIO PARA MELHORAR O CONTEÚDO:
E se você já está pensando em adquirir algum produto geek ou nerd na Amazon, não deixe de usar o nosso link de vendedor afiliado! Assim, além de receber um atendimento exclusivo e personalizado, você ainda nos ajuda a continuar produzindo conteúdo de qualidade para você:
PODCASTS
Para os interessados de plantão, no nosso 16º Episódio do Insert Coin Cast, falamos sobre Invocação do Mal 3. E para essa conversa juntamos a Equipe Fliperama de Verdade e a Larissa e Fernando do Criptacast do Zona Sombria:
Comments