Review Mandragora: Whispers of the Witch Tree

Mandragora: Whispers of the Witch Tree – Quando Metroidvania e Soulslike se Encontram com Estilo

Quando a gente pensa que já viu de tudo em Metroidvania com pitadas de Soulslike, Mandragora: Whispers of the Witch Tree chega provando que ainda tem espaço para surpresas. Misturando arte deslumbrante desenhada à mão, uma história densa sobre corrupção e redenção e um combate que exige paciência e tática, o game da Primal Game Studio chegou chutando a porta — ou melhor, arrebentando as correntes da mesmice.

E antes de debulhar o jogo, obrigado a Primal Game Studio e a Jesus Fabre por ter nos disponibilizado a chave para fazer o Review. Lembrando que o jogo está disponível para Playstation 5, XBox Series e PC.

Trailer oficial do jogo:

Gameplay das primeiras horas em nosso canal:

E sobre o que é o jogo?

Mandragora: Whispers of the Witch Tree é um action-RPG side-scroller que coloca você na pele de um Inquisidor, um sobrevivente em Faelduum, um mundo ameaçado pela Entropia — uma força corruptora liberada após um feitiço antigo ter saído dos trilhos. Sua missão? Lutar contra monstros corrompidos, resistir à tentação do poder e, claro, tentar (rsrs) não morrer miseravelmente no processo.

A história foi escrita por ninguém menos que Brian Mitsoda, o mesmo de Vampire: The Masquerade – Bloodlines, então espere decisões difíceis e finais alternativos baseados nas suas escolhas!

A humanidade entregou o mundo aos monstros. As pessoas se escondem atrás de muros de tijolos e paliçadas de ignorância, construídos por seus líderes. Alegria e deleite são joias cobiçadas, fora do alcance das massas. Este não é o mundo que lhe foi prometido. Viaje à noite e recupere-o. Viaje por um mundo em declínio, lentamente se tornando vítima dos efeitos nocivos da Entropia. Desafie chefes únicos e mortais, conheça novos aliados, inimigos e todos os tipos de perigos, e faça escolhas morais difíceis. Há muitos caminhos que valem a pena seguir. Escolha o seu.

Entre em Faelduum — um mundo sombrio e vívido, repleto de NPCs inesquecíveis, inimigos únicos e dilemas morais complexos. Encontre monstros horríveis e criaturas aterrorizantes em uma ampla variedade de locais vibrantes, desde florestas sombrias, pântanos mortais e masmorras abandonadas até montanhas congeladas e desertos escaldantes.

Jogabilidade e Sistemas

Logo de cara, o controle do jogo impressiona: simples, intuitivo e gostoso de jogar. Nada de combinações de botões absurdas — aqui, tudo flui de forma prática, permitindo que você foque na estratégia das batalhas.

Mas esqueça o famoso "Hack and Slash": Mandragora exige paciência. Cada ataque é um compromisso. A gestão de estamina é essencial e o botão de esquiva será seu melhor amigo. Além disso, o jogo ensina rápido que bloquear é bom, mas correr é ainda melhor se quiser sobreviver a emboscadas e armadilhas traiçoeiras.

Outro ponto fortíssimo é a customização. São seis classes jogáveis, cada uma com árvore de talentos própria e 96 habilidades passivas. Existem mais de 200 aprimoramentos ativos de habilidades para quem ama otimizar builds. Personalização completa do personagem (básica, mas completa): tipo de corpo, voz, cor de pele e cabelo, tatuagens, etc.

No quesito conteúdo, Faelduum é vasto com mais de 10 mapas cheios de áreas secretas, desafios e 40+ missões principais e opcionais, mais de 350 itens entre roupas, consumíveis e materiais de criação.

Essa variedade faz o jogo ganhar profundidade e rejogabilidade, principalmente com o sistema de acampamentos e NPCs. Você vai encontrar personagens como:

Ferreiro: essencial para criar e aprimorar armas.
Costureira: cria e ajusta suas armaduras.
Joalheira: especializada em encantamentos e acessórios.
Cartógrafo: desbloqueia mapas mais detalhados para a exploração.
Encantador: infunde sua arma ou armadura com poderes mágicos.

Seu perigoso trabalho mercenário o levará de um lado para o outro do mundo, confrontando a própria natureza da Entropia. Com combate brutal e jogabilidade desafiadora, prepare-se para quebrar um ou dois controles ao longo do caminho — mas um arsenal variado de armas épicas e altos riscos narrativos tornam cada vitória ainda mais doce.

Exploração – Mapa e Progressão

O mapa é intuitivo e destaca regiões ainda inexploradas, incentivando a exploração meticulosa, característica fundamental em metroidvanias clássicos. Trancou uma passagem? Relaxe: talvez você desbloqueie o pulo duplo ou outra habilidade essencial mais pra frente.

Uma dica importante (e que aprendemos na marra!): gaste sua Essência (XP) sempre que possível! Morrer e perder tudo é doloroso — e inevitável se você vacilar.

A trilha sonora é um espetáculo à parte. Composta por Christos Antoniou (da banda Septicflesh) e executada pela renomada Orquestra Filarmônica de Praga, a música carrega o peso sombrio e épico do mundo de Faelduum. Se você gosta de músicas orquestradas imersivas, vai se sentir em casa.

Quem jogou títulos como Ender Magnólia, que já resenhamos aqui no site, vai se sentir em território familiar aqui: mundo melancólico, inimigos brutais e progresso baseado em ganhar novas habilidades. Em comparação a Blasphemous ou Salt and Sanctuary, Mandragora opta por uma pegada mais acessível, com combates menos punitivos, mas mantendo a profundidade estratégica.

Ele também se inspira claramente no design de mundo interconectado dos Metroid e Castlevania clássicos, sem esquecer de adicionar a pitada moderna dos Soulslikes e alguns RPGs de Ação: mapas semiabertos, NPCs com histórias trágicas e escolhas que impactam seu destino (The Black Myth Wukong, Elden Ring e Lords of the Fallen).

Mandragora - Confronto com Inimigo grande

Veredito do Fliperama

Jogamos um pouco mais de 4 horas para essa primeira impressão, e saímos encantados. O jogo entrega uma experiência sólida, empolgante e imersiva, sem se render às modas de gráficos ultra-realistas — a arte desenhada é uma escolha ousada e acertada.

Os comandos são responsivos, o mundo de Faelduum é instigante e o sistema de progressão deixa aquele gostinho de "só mais uma missão". A narrativa promete se aprofundar ainda mais nas próximas horas de gameplay, e já estamos curiosos para ver como as escolhas vão moldar nosso final!

Mandragora: Whispers of the Witch Tree não só faz jus à tradição dos grandes metroidvanias/soulslikes, como também imprime uma identidade própria e cheia de estilo. Uma verdadeira joia para quem ama jogos desafiadores, belos e cheios de história e por isso ele merece…

Recados Importantes...

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