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Review Devil May Cry (Spoiler)

Atualizado: 30 de abr.

Devil May Cry: Um Show Estiloso que Falha em Capturar o Caos Demoníaco

Bem-vindos, caçadores de demônios e aficionados por cultura geek! Aqui é a Equipe Fliperama de Verdade, e hoje vamos cortar fundo na série animada Devil May Cry da Netflix, lançada em 3 de abril de 2025. Baseada na franquia lendária da Capcom, essa adaptação prometia trazer Dante, o matador de demônios mais pocas ideias dos games, para as telas com o mesmo impacto dos jogos. Mas será que ela entrega a ação frenética e o charme punk-gótico que fizeram Devil May Cry um ícone? Considerando o material original e as reações dos fãs, preparamos uma análise afiada, cheia de referências para você. Então, bora dissecar o que funcionou e o que foi direto pro inferno, beleza? Pega aí seu DualShock e vem com a gente!


Trailer da série animada:


Os Jogos vs. A Série: Caos Controlado vs. Narrativa Deslocada

Se é parte daquela galera que passou os anos 2000 com um controle de PS2 na mão, Devil May Cry não é só um jogo – é um marco. Desde 2001, a Capcom redefiniu o gênero hack-and-slash com combates estilizados, trilhas de heavy metal e o carisma inabalável de Dante, o meio-demônio que enfrenta legiões infernais com um sarcasmo cretino e tão afiado quanto sua espada. Para essa galera, Devil May Cry 3, trouxe cutscenes dignas de um anime de ação e Devil May Cry 5, trouxe combos que fazem o jogador se sentir o John Wick dos caçadores de demônios. Basicamente, essa franquia é a essência do caos (controlado), misturando horror gótico com uma atitude que grita “foda-se o sistema”.

Dante de Devil May Cry da Netflix

A série da Netflix, com seus oito episódios, até que tentou capturar essa vibe, mas (para variar) escolheu o caminho fácil! Algo que parece mais um desvio narrativo do que uma estrada fiel.


Produzida por Adi Shankar (Castlevania) e escrita por Alex Larsen, a animação pega emprestado dos jogos, mangás e até fanfics obscuras, criando uma história que tenta ser nova, mas acaba se perdendo em diversos momentos.


O roteiro simples é ok! Bem de acordo com o padrão DMC, já que faz Dante enfrentar um vilão misterioso que ameaça abrir os portões do inferno. Porém, trazendo Vergil e Lady como coadjuvantes (eis o começo do problema). Somando isso a uma adaptação onde, acredite se quiser, o foco está menos na ação desenfreada e mais numa narrativa que reinterpreta os personagens de forma... digamos, bem questionável.


A ponto central? Enquanto os jogos são uma montanha-russa de adrenalina, a série da Netflix parece querer que você veja Dante como um palhaço arrogante (às vezes mais burro que uma porta), Lady como uma heroína que carrega o mundo nas costas, os demônios como vítimas inocentes refugiadas do inferno e até humanos defensores da fé como vilões rasos, cheios de contradições (novo padrão Netflix de roteiro).


Sem dar muito mais spoilers do que isso, essa mudança de perspectiva tenta subverter o que Devil May Cry sempre foi: um festival de destruição onde demônios são puro ódio e violência, não criaturas para “entender” ou “simpatizar”. Fãs que esperavam a energia de Devil May Cry 3 – com Dante surfando em mísseis ou trocando provocações com Vergil – vão achar o ritmo da série como um todo bem mais lento que o aceitável, se fizéssemos uma comparação grosseira com games da atualidade, seria quase como jogar Dark Souls esperando a ação de Bayonetta.


E o tão falado episódio 6, elogiado pela crítica? Sim, é visualmente deslumbrante, com uma sequência que poderia estar facilmente numa grande obra do Studio Ghibli. Mas, para Devil May Cry, é absurdamente deslocado. Onde está a essência de fatiar demônios quando se tenta (sem motivo algum) relativizar o inferno? Nos jogos, demônios existem para sangrar ou explodir, não para serem salvos. É como pedir um Mad Max e receber um drama filosófico sobre combustíveis fósseis – bonito, mas fora de lugar.


Detalhes Técnicos: Onde o Estilo Ainda Brilha

A série não é um fracasso técnico – longe disso. O Studio Mir, um titã da animação, entrega um trabalho visual sólido, com cenas de ação que lembram os combos insanos dos jogos.


Para quem estava vivendo em outro planeta, o Studio Mir ficou famoso por conceber produções fantásticas (tecnicamente falando) como:


Dito isso acima, vamos ao que o estúdio entrega – visualmente falando, certo? Pois bem... O Studio Mir cria demônios detalhados e coreografias fluidas, mas a estética é (bem) mais polida do que o visual sujo e gótico dos jogos, como se trocassem o filtro de Silent Hill por algo mais próximo de Avatar – A Lenda de Aang. Não é de tirar o fôlego como as obras-primas da Madhouse (Vampire Hunter D: Bloodlust, Helsing Ultimate ou mesmo One Puch Man), mas cumpre o prometido.


Quanto à dublagem, nem precisamos falar muito. Esse ponto foi de longe um acerto nostálgico associado à trilha sonora que evoca a essência dos anos 2000 com perfeição. Abaixo você pode ver alguns dos destaques técnicos:

Aspecto Técnico

Detalhes

Estúdio

Studio Mir (Coreia do Sul), renomado por The Legend of Korra, X-Men ’97, Dota: Dragon’s Blood e mais.

Dublagem

Johnny Yong Bosch (Dante), Robbie Daymond (Vergil), Kevin Conroy (VP Baines, em seu último papel), Fryda Wolff, Ray Chase.

Trilha Sonora

Abertura com “Rollin’” (Limp Bizkit), música original da Evanescence no episódio 6.

Duração

8 episódios, 21–32 minutos cada, total de 3 horas e 52 minutos.

Quer mais detalhes técnicos? Clica no banner do IMDB aí abaixo para ter mais informações sobre a produção!

IMDb

Recepção Crítica e do Público: Elogios com muitos asteriscos (*)

A crítica abraçou a série, mas os fãs dos jogos não estão tão convencidos. Aqui está o panorama:

  • Rotten Tomatoes: 96% de aprovação (25 resenhas, média 7.9/10). Consenso: “Honrando o estilo bombástico do material original, Devil May Cry corta e fatiada seu caminho no meio animado e deixa uma primeira impressão memorável.”

  • Metacritic: 77/100, críticas “geralmente favoráveis”.

  • Críticos Notáveis:


A renovação para uma segunda temporada, foi anunciada em 10 de abril de 2025, sugere que a animação alcançou um sucesso comercial mínimo, mas os fãs dos jogos provavelmente estão divididos (e certamente contrariados). Em fóruns como Reddit, muitos temem que a série repita os erros do reboot DmC: Devil May Cry (2013), com mudanças que diluem o cânone. A maior crítica? Alterações em personagens como Lady, agora uma máquina de palavrões que parece ofuscar Dante, e temas que desviam do espírito anárquico dos jogos.


A Questão da Modernização: Um Desvio Narrativo 100% esperado

A Netflix tem um histórico de adaptar obras amadas – de The Witcher a Cowboy Bebop – com uma abordagem que, para muitos fãs, descaracteriza o material original. Devil May Cry não escapa dessa tendência. A série introduz enredos que tocam em críticas sociais e políticas, como questionamentos ao poder e representações que parecem forçadas. Lady, por exemplo, é transformada em uma figura central, quase eclipsando Dante, com uma atitude que mais lembra Tomb Raider do que a parceira durona dos jogos.

Cena de Devil May Cry Netflix

Caso você não tenha pescado, se liga no tanto de “desvios”. Cerca de 40% do conteúdo reflete essas mudanças que visam enfiar o “novo normal” goela abaixo. Mas diferente de outras produções (Dragon Age: Absolvição, por exemplo), dessa vez, o roteiro está usando de sutilezas entrelaçadas na narrativa em vez de jogar frases de efeitos e uma porrada de siglas na cara do espectador.


Fãs (de DMC) no Reddit apontam o dedo para essas alterações, comparando-as a momentos em He-Man ou The Witcher onde a Netflix pareceu mais interessada em “atualizar” do que em respeitar. Um usuário lamentou que Lady “parece a protagonista, enquanto Dante é um coadjuvante cômico”, e outro questionou se o inferno agora é “um lugar para salvar, não destruir”. Essas mudanças não são o foco total, mas para quem cresceu com os jogos da franquia, é como ver Conan, o Bárbaro reescrito como um pacifista discípulo de Mahatma Gandhi.

A Equipe Fliperama de Verdade deixa claro: não temos nada contra diversidade, inclusão ou qualquer grupo. Nosso foco é a fidelidade às obras que amamos, e Devil May Cry parece mais um caso onde a Netflix tenta moldar uma franquia para um público que não é o núcleo geek e nerd que conhece e consome a franquia DMC há décadas. Não estamos aqui para política ou militância – apenas queremos um Dante que fatie demônios sem parecer um palhaço circense!

Veredito do Fliperama de Verdade: Um Show que Não É Devil May Cry

Devil May Cry da Netflix é uma série visualmente impressionante, com dublagem de primeira e uma trilha sonora que nos leva de volta aos dias de Tony Hawk’s Pro Skater. O Studio Mir entrega uma animação sólida, mas não ao nível das obras-primas de sua concorrência. O problema não é só o ritmo lento ou as mudanças em personagens – é que algo está fundamentalmente errado. Devil May Cry não é sobre salvar demônios, empoderar coadjuvantes ou subverter o inferno. É sobre destruir agentes do mal com espadas, pistolas e um sarcasmo afiado. A série tenta reescrever isso, e o resultado é uma produção que, para fãs (incluindo a gente), parece tão deslocada quanto Resident Evil da Netflix.


Ainda não se convenceu? Então compare DMC a outras adaptações como, Castlevania que teve uma liberdade criativa ímpar, acertos incríveis e uma entrega que (no final) compensou seus (vários) tropeços. Dragon Age: Absolvição, por outro lado, é um exemplo perfeito de como não adaptar uma franquia: que apesar de ser visualmente bela, é totalmente esquecível assim que acaba. Devil May Cry fica no meio, mas se você comparar com Bastard!! (também da Netflix), onde o protagonista Dark Schneider tem a energia caótica que Dante deveria ter, a série parece uma traição aos fãs raiz.

Dante em Devil May Cry Netflix

Depois de tudo isso, depois dessa surra de chicote que demos em DMC, ainda assim, recomendamos que você assista a série! Por que isso? É muito simples.


Se você não conhece os jogos e não viveu a experiência DMC, a série é divertida, com ação decente e momentos que funcionam (para a mídia de série animada). Além disso, se você ainda é assinante da Netflix, certamente já está acostumado ao “novo normal” dos roteiros adaptados, onde o original é moldado para algo que nem sempre sintoniza com os fãs. Para os veteranos de Devil May Cry, é quase impossível não sentir falta do Dante que enfrentava Mundus (que ainda não apareceu) com uma guitarra elétrica imaginária. A Equipe Fliperama de Verdade ainda sonha com o dia em que uma adaptação realmente honre o coração geek e nerd de uma franquia como essa (somos brasileiros e não desistimos nunca).


Não é só pelas mudanças narrativas ou pela modernização forçada. Como já dissemos, a série falha em entregar a ação frenética que define Devil May Cry, apresenta um Dante que é uma sombra do original, eleva Lady a uma coprotagonista que ofusca o herói e tenta subverter o conceito de inferno e demônios. Ser visualmente linda não basta quando o material original é tão descaracterizado (cansando o espectador com essa falta de respeito ao material base). Assista, tire suas conclusões, mas não espere a alma dos jogos. Pegue seu PS2 e revisite Devil May Cry 3 se quiser ver o verdadeiro Dante em ação.


Então, é por isso que, para nós, Devil May Cry da Netflix...

Vale duas fichas

Recados Importantes...

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